Dia 8 de Março – Mulheres ganham protagonismo na ciência
Centro de pesquisa da GSK abre portas para a participação de mulheres no desenvolvimento de soluções terapêuticas e uso diferenciado de medicamentos e vacinas
Março é um mês marcado pela luta das mulheres por seus direitos e momento de reflexão sobre a equidade de gêneros. O Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, foi criado na década de 1970 pela Organização das Nações Unidas (ONU) como símbolo da luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens.6
Desde então, o debate sobre a igualdade de gênero e direitos das mulheres ganhou cada vez mais espaço em todos os ambientes — empresas, famílias e escolas, por exemplo. Mas ainda há muito a ser percorrido. Em algumas áreas, percebe-se que as mulheres ainda não conquistaram o espaço que desejam.2 Dados da ONU e da Organização das Nações Unidas para a Educação (UNESCO) apontam que as mulheres representam menos de 30% dos pesquisadores no mundo.1
O Brasil, no entanto, parece estar avançando a passos rápidos no que diz respeito à presença feminina na ciência. Dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) apontam que as mulheres já representam 43,7% das pesquisadoras e prevê que o número de pesquisadoras deve superar o de pesquisadores do gênero masculino dentro de uma década.2
Por conta desse crescimento das mulheres em cargos anteriormente ocupados apenas por homens, a ONU criou o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado em fevereiro, para incentivar o acesso e a participação delas de forma igualitária.1
Ainda no país, as mulheres representam 53% dos bolsistas de mestrado e doutorado3. Em cursos de pós-graduação ofertados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), elas preenchem 195 mil vagas das 364 mil matrículas. 3
Além de estarem em alta na pesquisa, no ensino, no desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação, as mulheres representam números expressivos na produção de artigos científicos³. Atualmente, 72% dos materiais produzidos no Brasil são de autoria feminina. ³
Estímulo à participação feminina
As mulheres representam quase metade do quadro geral de funcionários (47,4%) e do cargo de liderança (49%) da biofarmacêutica GSK no país. Como é pautada pela busca da pluralidade, diversidade e inclusão, as mulheres têm papel de destaque em diversas áreas da companhia, incluindo pesquisas científicas.
Um dos projetos da empresa que conta com a participação de pesquisadoras é o Centro de Pesquisa em Imuno-oncologia (CRIO), parceria da GSK com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e o Hospital Israelita Albert Einstein. O CRIO tem investimento total de R$ 53 milhões e é parte do Programa Trust in Science, parceria público-privada da GSK. O principal objetivo é estimular a pesquisa básica no Brasil e na América Latina, visando a identificação e o desenvolvimento de novas terapias e medicamentos.
À frente de novas descobertas
Para a Dra. Tatiana Pires, gerente médica de oncologia da GSK, a paixão pela pesquisa científica começou há mais de 20 anos, quando ela ainda estava na faculdade. “Nunca pensei em fazer outra coisa. Sempre quis estudar o funcionamento do corpo humano. Fui trabalhando neste caminho, sempre em biológicas. Queria ir para essa área”, conta. Desde então a cientista coleciona estudos na área de doenças respiratórias e oncologia.
Segundo a profissional, um dos projetos mais relevantes de sua carreira já na indústria farmacêutica, foi no estudo do câncer de pulmão. “Baseados em um estudo que demonstrou diminuição de mortalidade nos casos de câncer de pulmão que são discutidos em time multidisciplinar, propusemos uma série de atividades educacionais que incentivaram uma grande mudança de mindset na prática clínica e impulsionaram um aumento das reuniões de discussão de casos clínicos em várias instituições que tratam esses pacientes no país, ajudando a aumentar as chances de sobrevida”, detalha.
A Dra. Tatiana reconhece que ainda existem desafios para as mulheres que queiram desbravar o campo da pesquisa científica, mas certamente essa atuação tem crescido. “A participação das mulheres na ciência tem aumentado gradativamente. Hoje já é comum vermos mulheres pesquisadoras, mas, sabemos que nem sempre foi assim. Existem muitas descobertas que foram feitas por mulheres e até hoje poucos sabem disso. Acredito que em um futuro bem próximo veremos cada vez mais mulheres líderes de pesquisa”, cita ela, comentando também a notícia da nomeação da Dra. Eloisa Bonfá para o cargo de Diretora da Faculdade de Medicina da USP. Pela primeira vez em 110 anos, uma mulher assume a diretoria da Faculdade.4
Outro fato relevante que também reforça esse movimento é a nomeação da engenheira Luciana Santos como titular do titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, algo inédito na história da pasta5.
Para Andre Vivan, presidente da biofarmacêutica GSK no Brasil, “a pesquisa científica é fundamental para a evolução da medicina e gera impacto em diversos segmentos, contribuindo principalmente para a saúde global. Ampliar a presença de mulheres na área é essencial para trazer mais diversidade e novas perspectivas à ciência, e eu tenho orgulho de trabalhar ao lado de muitas delas todos os dias”. Na GSK, as ações de fomento à pesquisa estabelecem uma prática diferenciada de colaboração e compartilhamento de conhecimento e tecnologia, e conta com uma forte presença feminina nestas atividades.
Referências:
1. Universidade de São Paulo – USP Mulheres. Disponível em: Link. Acesso em fevereiro de 2023.
2. Pontifícia Universidade Católica do Paraná — PUCPR. Disponível em: Link). Acesso em fevereiro de 2023.
3. Governo do Brasil. Disponível em: Link. Acesso em fevereiro de 2023.
4. Jornal da Universidade de São Paulo (USP). Disponível em: Link. Acesso em fevereiro de 2023.
5. Governo do Brasil. Disponível em: Link. Acesso em fevereiro de 2023.
6. Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Disponível em: Link. Acesso em fevereiro de 2023.
Fonte: GSK