Entenda o que significa a digitalização completa dos varejos
Os dados que evidenciam o crescimento do e-commerce levam muitos gestores de empresas a acreditar que essa é a única forma de digitalização dos negócios e o caminho para o futuro. No entanto, é crucial compreender que a digitalização abrange muito mais do que apenas a venda em ambientes online.
É inegável que os números do e-commerce são positivos. De acordo com a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), as vendas registradas no e-commerce brasileiro alcançaram R$ 169,6 bilhões em 2022, representando um crescimento de 5% em relação ao ano anterior. As previsões para 2023 são ainda maiores, com uma expectativa de alcançar R$ 185,7 bilhões.
“Uma certeza que temos é que, independentemente do contexto analisado, é fundamental pensar na digitalização das lojas e processos para que os empresários possam crescer”, analisa Edison Tamascia, presidente da Febrafar e Farmarcas. Assim, para uma empresa aproveitar plenamente esse cenário, é necessário ampliar a visão além do e-commerce e compreender a digitalização de maneira abrangente.
“Como dediquei grande parte da minha vida ao varejo, mais especificamente ao farmacêutico, posso afirmar que testemunhei momentos importantes nesse setor e, recentemente, tenho observado que a digitalização se tornou extremamente relevante e definirá se um negócio sobreviverá ou não”, complementa Tamascia.
Dentro desse conceito é preciso olhar dentro da estrutura de um varejo e perceber que são muitas as áreas que precisam ser digitalizadas. E, além da digitalização, é preciso que se tenha processos adequados para que essa seja efetiva, com engajamento da equipe e alimentação de dados.
“Sou um entusiasta desse tema, mas sempre alerto, não adianta pensar em grandes inovações se não é feito o básico, como fornecer dados para a digitalização. Hoje a digitalização se mostra como um dos diferenciais do associativismo, já que esse processo em nossas redes começou desde o início de nossos trabalhos, permitindo crescer e ocupar o lugar de destaque que temos. Sempre buscamos oferecer inovações estratégicas para a gestão das lojas em todos os estágios”, analisa Edison Tamascia.
Dessa forma, aqueles que desejam ir além perceberam a necessidade de se adaptar à transformação digital do consumidor. É evidente que, inicialmente, isso demanda mais trabalho do que resultados imediatos, pois é preciso investir em processos de cadastro, aplicativos, sistemas e novas metodologias, o que não traz retorno a curto prazo.
No entanto, ao olhar para o futuro, aqueles que já iniciaram essas ações estarão mais preparados do que seus concorrentes para uma nova realidade, plantando hoje as sementes para colher no futuro. É possível que, daqui a alguns anos, o modelo de negócios seja completamente personalizado, com descontos diferenciados para pessoas diferentes. No entanto, para perceber prontamente essa mudança, é fundamental ter acesso a dados e, para obtê-los, é essencial contar com sistemas inteligentes. Em outras palavras, é preciso se preparar para essa realidade.
Portanto, a digitalização completa dos varejos é uma tendência para os próximos anos. Aqueles que compreenderem a necessidade de abraçar a transformação digital em todos os aspectos de seus negócios estarão mais bem preparados para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do mercado em constante evolução.
Edison Tamascia, presidente da Febrafar e Farmarcas.