Volta às aulas: como cuidar da saúde das crianças

Volta às aulas: como cuidar da saúde das crianças

O retorno à escola pode aumentar o risco da exposição à patógenos; alguns cuidados podem ajudar a proteger as crianças

Agora que o retorno presencial às aulas está próximo, surge a preocupação: como preservar a saúde de crianças que ficaram vários meses sem contato com o ambiente externo e, por consequência, com outras crianças? É importante saber que, além do risco de contrair o novo coronavírus, há chance também de elas adoecerem por outras razões ao retornar para a escola.

“A criança que ficou meses dentro de casa estava teoricamente protegida e sem exposição a bactérias, vírus ou fungos, ou seja, é uma criança que não fica doente há algum tempo. Quando as aulas retornarem, porém, elas vão ter contato próximo com outras crianças, fazendo com que elas estejam mais suscetíveis à transmissão de vários patógenos”, explica Milana Dan, gerente médica da Sanofi.

Minimizar esse risco e proporcionar o retorno mais seguro possível às aulas, portanto, é uma necessidade. Veja abaixo algumas dicas para aumentar a segurança na volta às aulas.

Boa alimentação para a imunidade

Não há dúvidas de que a boa alimentação também contribui para o bom funcionamento do nosso sistema de defesa, e isso não é diferente no caso das crianças1. Por isso, os pais devem se certificar de que elas estejam bem nutridas antes da volta às aulas, caprichando na oferta de legumes, verduras e frutas nas refeições do dia a dia.

Com a volta às aulas, é preciso também ficar atentos aos lanches que a criança comerá enquanto estiver no ambiente escolar. Isso porque preservar a saúde intestinal é importante para a boa imunidade2, e muitos alimentos contaminados podem provocar justamente enteroviroses e consequências como a diarreia, o que afeta a microbiota intestinal, parte importante para a imunidade da criança3.

“Uma microbiota intestinal equilibrada e saudável é um ambiente desfavorável para o desenvolvimento de bactérias nocivas. Ou seja, quando as bactérias “boas” estão presentes e em equilíbrio, elas não dão chance para as “ruins” entrarem2”, detalha Milana.

Acolha a criança

Para muitas crianças, a volta às aulas não é só motivo de alegria. Muitas delas podem apresentar um quadro de ansiedade, pois vão voltar para uma rotina não tão flexível como aquela que tinham em casa5.

“Sabe aquela história de ter dor de barriga por estar ansioso? Dependendo do tipo de substância que o cérebro produz em decorrência do medo, estresse ou ansiedade, a microbiota intestinal também pode sofrer alterações2”, explica Milana.

Por isso, procurar conversar com a criança para entender seus medos e anseios é importante para que ela se sinta acolhida e, consequentemente, mais tranquila5.

Cuidado com as restrições

Uma boa alimentação, de fato, ajuda a melhorar ou manter a boa imunidade da criança1. Por isso, é sempre ideal que a criança coma porções adequadas de todos os grupos alimentares, incluindo sempre frutas, hortaliças e vegetais nas refeições e lanches.

As crianças, muitas vezes ainda não tem maturidade para compreender a importância de manter suas necessidades nutricionais nesse retorno de rotina, e podem ficar ainda mais ansiosas e serem emocionalmente impactadas por essa restrição5.

“Não é hora de falar ‘não’ para a criança se ela quiser comer um brigadeiro, mas sim momento de inserir variedade, garantindo a presença de verduras e legumes em todas as refeições, para que ela tenha acesso a uma boa alimentação”, orienta Milana.

Higiene básica

É claro que as crianças menores, no caso daquelas que ficam nos berçários, ainda não têm total autonomia sobre suas ações, sendo guiadas – durante o período na escola – pelas cuidadoras e pedagogas presentes ali. No entanto, os pais devem se esforçar para promover uma educação que envolva etiqueta respiratória e outras medidas de higiene para que a criança esteja pronta para voltar às aulas5.

Portanto, ela precisa aprender a lavar bem as mãos, usar álcool gel quando for necessário, evitar encostar as mãos no rosto quando elas não estiverem higienizadas, além de outras boas medidas. Esses hábitos, porém, só são alcançados com bastante treino, que deve ser incentivado já em casa, antes mesmo do retorno às aulas5.

Referências

1 Childs CE, Calder PC, Miles EA. Diet and Immune Function. Nutrients. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6723551/ Acesso em 24 de julho de 2020.

2 Paixão LA, Castro FFS. A colonização da microbiota intestinal e sua influência na saúde do hospedeiro. Universitas: Ciências da Saúde. Disponível em: https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/cienciasaude/article/view/3629 Acesso em 24 de julho de 2020.

3 Ministério da saúde. Doenças transmitidas por alimentos: causas, sintomas, tratamento e prevenção. Disponível em: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doencas-transmitidas-por-alimentos Acesso em 24 de julho de 2020.

4 Bula do produto. Enterogermina. Sanofi. Disponível em: https://www.enterogermina.com.br/-/media/EMS/Conditions/Consumer%20Healthcare/Brands/EnterogerminaBR/bulas/Entero_2bi_folheto_web.pdf?la=pt-BR Acesso em 24 de julho de 2020.

5 Sociedade Brasileira de Pediatria. Pais e filhos em confinamento durante a pandemia de COVID-19. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/22420c-NAlerta_Pais_e_Filhos_em_confinamento_COVID-19.pdf Acesso em 24 de julho de 2020.

Fonte: Sanofi

Imagem: Freepik