Quatro cuidados especiais para pacientes com doenças no sangue durante a pandemia
Campanha #VidaQueCorreNaVeia ajuda a conscientizar sociedade sobre a importância de seguir o acompanhamento e tratamento das doenças hematológicas adequadamente, apesar da quarentena
Em tempos de isolamento social para evitar o contágio acelerado da COVID-19, pacientes com outras doenças graves, como as doenças no sangue, devem redobrar os cuidados. Segundo o hematologista Dr. Renato Sampaio Tavares, vice-diretor de comunicação da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), é necessário seguir orientações médicas para enfrentar esse momento em segurança.
“Pacientes com doenças sanguíneas são do grupo de risco e precisam seguir o tratamento adequadamente, mesmo nesse momento”, explica. Essas orientações fazem parte da campanha #VidaQueCorreNaVeia, que visa conscientizar a sociedade sobre diferentes doenças hematológicas.
1. Acompanhamento/monitoramento da doença
Para pacientes com doenças crônicas no sangue, é essencial manter a rotina de monitoramento da sua condição, realizando os exames indicados e observando de perto a doença, para que ela esteja sempre controlada e bem assistida.
Os indivíduos que vivem, por exemplo, com algum câncer hematológico crônico, como a leucemia mieloide crônica (LMC) ou mastocitose sistêmica, devem fazer seus exames frequentemente. Considerando que os pacientes oncológicos normalmente têm queda na imunidade devido ao câncer ou por conta dos tratamentos, é fundamental cuidado redobrado neste momento de epidemia[i].
No caso da LMC, o paciente é monitorado regulamente com exames de sangue e exames físicos, além de outros exames, como cariótipo de medula óssea e PCR[ii].
2. Adesão ao tratamento
Assim como o anterior, esse cuidado vale para qualquer doença crônica. Pacientes com policitemia vera (PV), mielofibrose e trombocitopenia imune primária (PTI), devem ter em mente que o tratamento tem que ser realizado conforme a orientação médica e não de acordo com uma sensação de bem-estar – como ocorre por vezes.
“Quando o tratamento está funcionando bem, naturalmente o paciente se sente melhor e pode ter a falsa impressão de que não é necessário continuar utilizando o medicamento ou fazer o seguimento adequado, o que está errado e é perigoso. Só é possível alterar ou interromper uma terapia quando o seu médico indicar”, afirma Dr. Renato.
3. Seguir ordens médicas à risca
Quando você encara qualquer doença grave no sangue, é fundamental que você escute os profissionais da saúde. “Mais do que nunca, é necessário que os pacientes conversem com sua equipe médica sobre como prosseguir com o tratamento, para que ele não seja prejudicado de nenhuma forma e cumpram o que for determinado com os profissionais”, pontua Dr. Renato.
4. Ouvir o próprio corpo
Não é porque estamos em isolamento social que estamos livres de ter que ir ao médico ou ter outras complicações. Um exemplo são os pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA), doença que exige muitos cuidados por ter uma rápida progressão. Dr. Renato explica que, diferentemente da LMC, que é um câncer crônico, os pacientes com Leucemias Agudas e Doenças Hematológicas mais graves têm que informar ao seu médico se sentirem qualquer coisa, pois não é possível aguardar para tomar uma atitude. “O mais importante é informar qualquer alteração e estar sempre atento aos sinais que o corpo dá”, finaliza.
Sobre a campanha #VidaQueCorreNaVeia
A campanha #VidaQueCorreNaVeia foi criada para conscientizar as pessoas sobre as doenças no sangue citadas no texto que são, em maioria, doenças raras. A atriz Carolina Dieckmann, que interpretou uma personagem com leucemia em 2000 e teve a cabeça raspada na telinha para incentivar a doação de medula óssea, é embaixadora da campanha e está falando sobre o assunto em suas redes sociais.
Fonte: Novartis