MSD apresenta novos dados de longo prazo de nova molécula experimental para Doença de Crohn e colite ulcerativa

MSD apresenta novos dados de longo prazo de nova molécula experimental para Doença de Crohn e colite ulcerativa

O novo tratamento está em avaliação em Fase 2, no qual 24% dos pacientes testados receberam o tratamento e apresentaram remissão

A MSD anunciou novos dados destacando o perfil de eficácia e a segurança de longo prazo do tulisokibart (MK-7240), um anticorpo monoclonal humanizado experimental direcionado a um novo alvo, o TL1A (citocina 1A semelhante ao fator de necrose tumoral), na colite ulcerativa e na doença de Crohn. Nos períodos de extensão dos estudos de fase 2, os pacientes considerados respondedores à tulisokibart em 12 semanas de indução continuaram seu tratamento até a semana 50, geralmente mantendo o perfil de eficácia e segurança observadas previamente.

Os dados de eficácia e segurança de longo prazo para tulisokibart, relacionados ao período de extensão aberto dos estudos de fase 2 ARTERMIS-UC e APOLLO-CD foram apresentados em duas apresentações orais no congresso UEG (United European Gastroenterology), em Vienna, contemplando resposta clínica e endoscópica, remissão clínica e efeito sob biomarcadores.

A diretora médica da MSD Brasil, a dra. Márcia Datz Abadi, explica: “a Doença de Crohn e a colite ulcerativa são condições inflamatórias do aparelho digestivo de alto impacto na qualidade de vida dos pacientes, com complicações muito severas quando não diagnosticadas e tratadas adequadamente. Precisamos falar sobre isso, uma vez que o diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso do tratamento. Um estudo com mais de 200 mil pacientes no Brasil mostrou que a incidência das doenças inflamatórias intestinais teve um aumento de 15% ao ano num período de nove anos em nosso país. É um assunto muito relevante por interferir no dia a dia das pessoas.”

Os resultados iniciais do estudo ARTEMIS-UC, um estudo de prova de conceito de fase 2 avaliando o perfil de eficácia e segurança de tulisokibart em pacientes com colite ulcerativa moderada a grave ativa, foram publicados recentemente no New England Journal of Medicine, além de terem sido apresentados pela primeira vez no 18º Congresso da Organização Europeia de Crohn e Colite (ECCO), em 2023. As descobertas publicadas no New England Journal of Medicine mostram que, após 12 semanas, o tulisokibart apresentou maior perfil de eficácia que o placebo na indução de remissão clínica em pacientes com colite ulcerativa moderada a grave. A publicação também traz dados adicionais de uma análise pré-especificada em pacientes com teste positivo para probabilidade de resposta das coortes 1 e 2.

A MSD iniciou ainda dois estudos de Fase 3 para avaliar o perfil de eficácia e segurança do tulisokibart em pacientes com colite ulcerativa (ATLAS-UC; NCT06052059 ) e doença de Crohn (ARES-CD; NCT06430801 ). Estes são os primeiros estudos clínicos de Fase 3 para um anticorpo anti-TL1A na doença inflamatória intestinal.

Fonte: MSD