Micose de unha

Micose de unha

A micose de unha é uma dermatose que afeta principalmente os pés, mas que pode também estar presente nas mãos.

A micose de unha é uma infecção causada por fungos que se alimentam da queratina presente na pele e nas unhas.

Em geral, o paciente primeiro adquire a micose na planta dos pés e, após um período variável de tempo, devido às condições favoráveis para o desenvolvimento desses fungos (sapatos fechados tornam o ambiente quente e úmido), eles acabam por atingir também as unhas.

O tratamento é longo (média de um ano para os pés e quatro meses para as mãos) e os resultados demoram a aparecer, o que pode fazer o paciente desistir do tratamento. Além disso, alguns indivíduos apresentam condições que dificultam a terapia, prolongando ainda mais o tempo total até a cura.

Elaboramos este artigo com dicas do que fazer para evitar a reinfecção e de como identificar os sinais de que a sua micose de unha pode ser mais resistente à medicação.

Como reconhecer o problema?

A micose de unha, também conhecida como onicomicose, geralmente é percebida pela presença de manchas brancas na superfície ou embaixo da unha acompanhadas pelo espessamento da pele sob a unha e da lâmina ungueal em grau variável. Além disso, alterações da coloração podem acompanhar os achados anteriores, variando do branco-amarelado ao acastanhado, podendo até alcançar o preto.

Sempre que observar esse tipo de alteração nas unhas, é aconselhável procurar o dermatologista para iniciar rapidamente o tratamento, uma vez que a doença mais avançada tende a ser mais difícil de tratar. O melhor tratamento vai ser indicado pelo médico dermatologista e pode consistir em medicações orais, locais ou uma associação de ambas.

Quais os sinais de que o tratamento vai demorar mais?

Entre os sinais mais importantes que indicam uma maior dificuldade para tratar a onicomicose estão:
• doença localizada na lateral da unha, chegando até a região da cutícula;
• intenso descolamento da unha em relação ao leito; e
• unhas muito espessadas.

Além disso, pacientes que apresentem um crescimento mais lento das unhas como resultado de problemas como hipotireoidismo, doença vascular periférica, diabetes, ou simplesmente idade avançada têm uma maior suscetibilidade para o surgimento da infecção e, uma vez presente, uma maior dificuldade no seu tratamento.
Pacientes do sexo masculino, imunossuprimidos e com doenças associadas que impedem o tratamento oral também terão uma maior dificuldade de tratamento. Os fungos dermatófitos são mais facilmente eliminados em relação às leveduras e estas, por sua vez, são mais facilmente eliminadas do que os bolores. Portanto, o tipo de fungo envolvido também ajuda a estimar o tempo de tratamento e o que esperar dele.

O que fazer para evitar a reinfecção?

Após fazer o tratamento da micose, é importante tomar alguns cuidados:
• secar bem os pés antes de calçar os sapatos;
• limpar os calçados muito bem e deixá-los no sol;
• usar talcos antifúngicos para evitar a contaminação; e
• ficar atento a qualquer sinal de retorno da doença.

 

Dra. Tatiana Gabbi é médica dermatologista formada pela Universidade de São Paulo. Faz parte do corpo clínico do Hospital das Clínicas da USP e também atende em consultório particular.
https://tatianagabbi.com.br