Interior de São Paulo lidera ascensão do associativismo farmacêutico

Interior de São Paulo lidera ascensão do associativismo farmacêutico

Modelo assegura novo fôlego para pequenos e médios empreendedores

Um modelo de negócios aplicado pelo varejo farmacêutico vem mudando a realidade de pequenos e médios empreendedores e encontra no interior paulista um de seus principais celeiros. Com foco no associativismo, o Grupo Total ocupa o privilegiado clube das 15 maiores redes de farmácias do país com faturamento acima de R$ 1 bilhão.

Com R$ 1,4 bilhão de receita nos últimos 12 meses até julho, a companhia registra incremento acima de 20%, em torno de nove pontos percentuais acima da média do varejo farmacêutico.

Por meio das bandeiras Drogaria Total e Drogaria Total Popular, a rede já reúne 592 lojas em 308 municípios paulistas e está entre os sete grupos do país com maior número de pontos de venda. Como parâmetro, as duas líderes do setor – RaiaDrogasil e DPSP – ocupam aproximadamente 110 cidades do estado. “Até o fim do ano almejamos 100 inaugurações, o que nos fará superar 650 unidades”, acrescenta o diretor executivo Samuel Pires.

Modelo associativista estimula rápida expansão

Mas no que consiste o associativismo? O modelo preconiza a prospecção de farmácias independentes interessadas em converter bandeira e se associar à rede. Mas diferentemente do sistema de franquias, o lojista continua à frente da operação. Em vez de royalties, ele paga apenas uma taxa mensal de contribuição.

Em contrapartida, os empresários contam com respaldo total em áreas como compliance e gestão comercial. Além disso, passam a ter uma central de compras única, o que facilita as negociações com distribuidoras de medicamentos e indústrias farmacêuticas.

O grupo também disponibiliza um conjunto de ferramentas para profissionalizar os processos da drogaria e impulsionar suas vendas. “E o alvo das nossas prospecções é sempre o empresário que já tem algum vínculo com a atividade farmacêutica. Aproveitamos todo o conhecimento que ele detém da sua região, o que agrega inteligência de mercado e torna a expansão muito mais acelerada”, contextualiza Pires.

Exemplos de sucesso

A evolução do associativismo abre um novo horizonte para pequenos e médios varejistas. É o caso de Luiz Antonio Marques, que atua no varejo farmacêutico desde os 11 anos de idade. Ele mantém duas unidades em Casa Branca e uma em Itobi, na macrorregião de Araraquara (SP).

O empreendedor, que primeiramente ingressou no negócio de maneira independente, migrou inicialmente para o sistema de franquias, pois julgava o modelo “mais sólido”. Só que o resultado não foi o esperado. Convivendo com custo-benefício baixo e pouco feedback dos superiores, decidiu voltar à luta-solo, até encontrar o associativismo.

“Fui convidado para uma apresentação da Drogaria Total em Araraquara em 2010 e assinei o contrato ali mesmo. É um modelo que traz muita segurança e informação para os gestores, com a possibilidade de corrigir rotas mais rapidamente”, acredita Marques.

Já o bombeiro Cassiano Andrade iniciou sua incursão no mercado com o empurrão da esposa e sócia, a farmacêutica Raquel Destro Andrade. Em 2009, quando surgiu a oportunidade de comprar a drogaria onde a esposa trabalhava, o casal levou apenas seis meses para entrar no associativismo.

Com seis lojas na mesorregião de Bauru, os empresários resolveram mudar para o Grupo Total por insatisfação com a rede anterior, apesar de o sistema já ter mostrado seus resultados. Já são cinco meses sob a nova bandeira. “Inauguramos a sétima loja no último mês e já tivemos um impacto positivo em nossa margem de lucro”, comenta.

Fonte: Grupo Total