20 de janeiro: Dia do farmacêutico

20 de janeiro: Dia do farmacêutico

Os farmacêuticos de todo o Brasil comemoram em 20 de janeiro seu dia, mas nem sempre foi assim. A data de comemoração sofreu algumas mudanças, mas sempre tivemos muito a comemorar.

Desde 1960, quando foi instituído o Conselho Federal de Farmácia e bem antes desta data, dos primórdios que datam entre 3.000 e 5.000 a.C., os farmacêuticos por meio de seus trabalhos fizeram a diferença na vida de muitas pessoas e em toda sua história.

De acordo com o Guia dos Curiosos, de Marcelo Duarte, diversos farmacêuticos se reuniram em São Paulo (SP) em 1985 e escolheram o dia 5 de agosto, data de nascimento de Rodolpho Albino Dias da Silva, o criador da 1ª Farmacopeia Brasileira, para homenagear a categoria, outros sugeriram que a data coincidisse com a da fundação da primeira Faculdade de Farmácia do Brasil, entre outras datas.

Em 1988, solicitou-se ao Conselho Federal de Farmácia (CFF) que as festividades fossem transferidas para o dia da fundação da Associação Brasileira de Farmacêuticos, que ocorreu no dia 20 de janeiro de 1916.

Farmacêuticos renomados de várias partes do Brasil, como os doutores Cândido Fontoura e o próprio Rodolfo Albino, ex-presidente da Associação Brasileira de Farmacêuticos (A.B.F), passaram a comparecer frequentemente às festas do dia 20, que, aos poucos, foi tornando-se uma tradição em todo o país. O fato é que o consenso da classe farmacêutica no Brasil, representada por seus órgãos de classe como Conselhos e Associações, mantiveram a tradição do dia 20 de janeiro.

A evolução da ciência se dá também com a contribuição deste profissional, em que de acordo com a pesquisa do Farmacêutico Robson Moraes Almeida, muitos marcaram a história.

Grandes sábios e importantes cientistas que muito contribuíram para a saúde da humanidade eram farmacêuticos. Alguns exemplos:

Ernest Furneau, farmacêutico francês, criou a moderna quimioterapia, e outro francês, Claude Nativelle, contribuiu decisivamente para o tratamento de doenças do coração.

Andreas Sigismund Margraf, farmacêutico alemão e entre muitas outras contribuições, introduziu o álcool como solvente para extração de matéria-prima e empregou o microscópio para exames de cristais de açúcar e outras partículas.

Fritz Hoffmann, a borracha sintética foi descoberta pelo farmacêutico alemão.

Luiz Manuel Queiroz, instalou no Brasil a primeira fábrica de ácido sulfúrico do país.

Célio Silva, cientista-farmacêutico, descobriu uma vacina de DNA contra tuberculose que também é um remédio para esta doença.
John Pemberton, em 1886 em Atlanta criou o “Tônico para o Cérebro” hoje conhecido como Coca Cola.

Um grande número de farmacêuticos participou do importante ‘Projeto Genoma Humano’ para decifrar o conjunto de genes do ser humano. Conhecer o genoma humano possibilitou o diagnóstico precoce e aumento da probabilidade de tratamento e cura de um grande número de doenças.

Alexander Flemming, descobriu a penicilina. Foi por meio da observação do fungo Penicillium notatum que crescia como contaminante em culturas de estafilococos que ele estudava. O crescimento do contaminante liberava a penicilina, antibiótico que impedia o desenvolvimento destas bactérias nas proximidades da colônia do fungo. Esta observação trouxe grandes benefícios para o desenvolvimento da indústria farmacêutica.

Embora não tenha exercido sua profissão por muito tempo, nosso grande poeta e escritor Carlos Drumond de Andrade também era um farmacêutico.

A farmacêutica Maria da Penha é um símbolo da luta contra à violência doméstica. A Lei ganhou o seu nome.

O farmacêutico argentino Alberto Granado, era amigo de Che Guevara e juntos fizeram uma viagem de moto em 1952 pelas Américas visitando leprosários. Esta viagem serviu de tema para o filme Diários de Motocicleta.

Independente do reconhecimento acadêmico e do marco histórico, famosos ou anônimos, os farmacêuticos sempre serão parte da história e da vida de muitas pessoas.

Fonte:
Dra. Giovanna Dimitrov, farmacêutica.