Novos tratamentos para Degeneração Macular Relacionada à Idade e Edema Macular Diabético chegam ao SUS

Novos tratamentos para Degeneração Macular Relacionada à Idade e Edema Macular Diabético chegam ao SUS

Diário Oficial da União publicou a aprovação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) e o tratamento passa a ser disponibilizado gratuitamente para os pacientes

A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e o Edema Macular Diabético (EMD) são doenças de retina que podem causar cegueira irreversível. Porém, quando tratadas, os pacientes diminuem bastante o risco da perda de visão. Para as pessoas que possuem uma dessas condições, a boa notícia é que o Ministério da Saúde publicou recentemente, por meio de uma portaria conjunta da Secretaria de Especialização da Saúde (SAES) e da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE), os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) dos antiangiogênicos aflibercepte e ranibizumabe para tratamento das doenças. Com isso, os medicamentos, considerados “padrão ouro” na área de saúde, já estão disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2,2 bilhões de pessoas têm algum tipo de deficiência visual e metade desses casos poderiam ser evitados[1]. Isso acontece principalmente por dois motivos: a população não tem acesso às alternativas de tratamentos inovadoras e desconhece os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças de retina. Para se ter uma ideia, a DMRI é a causa mais comum de perda de visão em pessoas acima de 50 anos[2]. A doença atinge de 15% a 30% dos idosos entre 55 e 80 anos e é responsável por 8,7%% de toda cegueira do País, o número corresponde a aproximadamente 3 milhões de pessoas[3].

O EMD, por sua vez, é uma complicação da Retinopatia Diabética (RD) e acomete pessoas em idade produtiva. A doença tem o diabetes não controlado como fator de risco. Sem tratamento, aproximadamente metade dos pacientes pode perder mais de duas linhas de acuidade visual em dois anos e, sem o uso do medicamento correto, o quadro pode evoluir para a cegueira. No entanto, a evolução dessas complicações pode ser reduzida pelo controle adequado dos níveis de glicose, pressão arterial, além de consultas e exames oftalmológicos regulares. Seguir esse processo é fundamental para detectar eventuais problemas e iniciar o tratamento[4].

Agora, no entanto, com os medicamentos ofertados pelo SUS, os pacientes poderão realizar o tratamento de DMRI e EMD e reduzir o risco do desenvolvimento da cegueira. Os antiangiogênicos são substâncias que inibem a formação de novos vasos sanguíneos na região da retina. O tratamento correto desacelera a evolução da doença e pode ajudar na recuperação da acuidade visual, garantindo mais autonomia e qualidade de vida para os pacientes.

Portanto, a chegada dos tratamentos aos SUS, além de reduzir o risco de cegueira, garantirá que milhares de pessoas economicamente ativas permaneçam executando suas atividades laborais, sociais, familiares e entre outras.

Vale destacar que, no caso do Edema Macular Diabético, é a primeira vez que o Ministério da Saúde disponibiliza tratamento gratuito para doenças da retina em decorrência das complicações do diabetes. A ação é resultado de um longo período de engajamento da sociedade civil, associações de pacientes, sociedades médicas e do próprio Ministério da Saúde.

Fonte: Bayer

[1] Relatório Mundial sobre a Visão – Organização Mundial da Saúde

Degeneração Macular – Associação Americana de Optometria

Medicamentos são incorporados aos SUS

Retinopatia diabética – complicações oculares do diabetes