As úlceras cutâneas são feridas crônicas da pele que, devido a alterações no processo fisiológico de cicatrização, não se recuperam normalmente e persistem ao longo do tempo.1,2,3
Conforme as definições médicas tradicionais, as úlceras apresentam alterações da cicatrização causadas por um ou vários processos patológicos internos ou subjacentes.4
As úlceras venosas instalam-se sobre uma área na qual exista insuficiência venosa crônica. Esta leva a refluxo de sangue, aumento da pressão venosa e alteração da permeabilidade vascular local com extravasamento de componentes plasmáticos para o espaço intersticial e efeitos negativos sobre a síntese de colágeno e, consequentemente, sobre a reparação tissular.1,2
As úlceras arteriais são menos comuns. Devem-se à isquemia (falta de perfusão) na região da lesão, geralmente por conta de aterosclerose ou embolia. Esta falta de irrigação dificulta a reparação oportuna de pequenos traumas.1,2
As úlceras diabéticas têm uma origem multifatorial, em virtude de uma combinação de fatores causados pela hiperglicemia crônica, como disfunção nervosa (neuropatia), disfunção vascular (vasculopatia), alterações metabólicas e do sistema nervoso autônomo.1,2
As úlceras de pressão ocorrem quando a pele e os tecidos subjacentes são submetidos à compressão por períodos prolongados. Esta pressão leva a isquemia e falta de fornecimento de oxigênio, causando necrose (morte celular).1,2
Os diferentes tipos de úlceras têm fisiopatologias distintas; porém, todas caracterizam-se por apresentar um leito cronicamente inflamado e dificuldade para cicatrizar. Dentre as alterações fisiopatológicas comuns que poderiam explicar a cronicidade destas lesões estão:2
Bibliografia