Como escolher o filtro solar perfeito no verão
Dicas para escolher o filtro solar perfeito no verão
ltimamente tem crescido a conscientização das pessoas com relação à importância do uso do filtro solar, embora isso ainda não seja traduzido em uso constante, durante todo o ano. E com as prateleiras cada vez mais cheias de opções de fotoprotetores de vários tipos, como em loção, gel, spray, creme com FPS, produtos antioleosidade, com ação antioxidante e até antienvelhecimento, surge a dúvida: qual o produto ideal para minha pele? Embora pareça um bicho de sete cabeças escolher o produto certo, consultamos a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, para você definitivamente não ter mais desculpas para não usar o filtro solar. Montamos um guia ultrarrápido para saber como escolher o melhor produto de fotoproteção.
Procure 3 itens essenciais
De acordo com a Dra. Paola Pomerantzeff, para proteger a pele dos raios nocivos do sol, o protetor solar deve oferecer: no mínimo FPS 30, proteção de amplo espectro (UVA/UVB/Infrared) e resistência à água. “Esses produtos oferecem maior eficácia na proteção da pele. Geralmente os fotoprotetores que diminuem os danos provenientes do calor são formulados com antioxidantes específicos”, afirma a dermatologista. “Estudos mostram que o uso diário de um fotoprotetor pode reduzir o risco de: câncer de pele, incluindo melanoma, o câncer de pele mais grave; sinais de envelhecimento prematuro da pele, como manchas senis, rugas e pele com textura mais dura e espessa; queimadura de sol; melasma (manchas escuras em sua pele)”, enfatiza a médica. Mas, lembra a Dra. Paola, mesmo que um fotoprotetor seja resistente à água e ao suor, o ideal é repassar a cada duas horas em fotoexposição direta e a cada quatro horas em ambientes fechados.
Considere seu tipo de pele
Para afunilar ainda mais a sua busca ideal, mesmo após escolher um fotoprotetor que tenha os três itens essenciais, ainda é possível ter algumas opções até encontrar o filtro solar certo para você. “Nesse momento, é interessante verificar o tipo de pele, as necessidades e as condições do tecido cutâneo do paciente”, diz a médica. Primeiramente pensando no tipo de pele, no geral, os produtos em gel e sérum são indicados para pele oleosa, enquanto as loções e cremes são indicados para pele mais seca. “Se sua pele é propensa à acne, deve procurar as palavras ‘não-comedogênico’ ou deve estar claro que o produto é antioleosidade ou pelo menos não vai entupir os poros. Essa mesma dica também vale para a pele oleosa”, diz. Já para as peles mais secas, um produto específico geralmente confere maior hidratação, então essa palavra-chave deve estar no rótulo.
Lembre-se das necessidades da pele:
Se sua pele é mais reativa, sensível e propensa à alergia, é melhor evitar o protetor solar que contenha fragrância, PABA, parabenos ou oxibenzona (benzofenona-2, benzofenona-3, diosbenzona, mexenona, sulisobenzona ou sulisobenzona sódica). “Na verdade, essas substâncias devem ser evitadas por todos”, destaca. Em volta dos olhos, para evitar que o protetor solar pingue em seus olhos, use um protetor solar específico e certifique-se de que tenha um FPS 30 (ou superior), proteção de amplo espectro e resistência à água. “Use também óculos de sol com proteção UV para mais segurança”, diz.
No caso das crianças, o protetor solar deve ser mais específico, isento de proteção química. “Ele deve conter apenas proteção física, com óxido de zinco e dióxido de titânio. Quando o paciente tem rosácea, é indicado usar um protetor solar que contenha apenas óxido de zinco e dióxido de titânio também”. Para a proteção dos lábios, um bálsamo labial com FPS 30 e proteção de amplo espectro é indicado.
Importância da fotoproteção
Usar filtro solar é a forma mais segura de proteção contra as radiações solares. “Pesquisa recente descobriu que o guarda-sol, por exemplo, não consegue bloquear as radiações e oferece, no máximo, FPS 8. Além disso, a areia reflete os raios solares”, afirma. “UVA é o principal responsável pelo envelhecimento precoce (manchas e rugas), sendo um tipo de radiação que atravessa nuvens, vidro e epiderme e penetra na pele em grande profundidade, até as células da derme – sendo o principal produtor de radicais livres. Entre os prejuízos: desde lesões mais simples até, em casos mais graves, câncer de pele. Já o UVB deixa a pele vermelha e queimada, danifica a epiderme e é mais abundante entre as 10 da manhã e as 4 da tarde. Essa radiação pode furar o bloqueio dos filtros químicos e aumentar o risco de cancerização”, diz. Por isso, a médica indica o uso de chapéus específicos com proteção solar, óculos de sol, evitar exposição direta principalmente entre às 10h e às 16h.
Fonte:
Dra. Paola Pomerantzeff
Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais.