Sábado sem Câncer do COC atenderá gratuitamente 500 pessoas para prevenção e detecção do câncer de fígado
Mutirão marcado para o próximo dia 20 de julho oferecerá exames, consultas e encaminhamento para tratamento
Durante o Julho Amarelo, mês de conscientização sobre as hepatites virais, o Centro de Oncologia Campinas e seus parceiros realizam uma edição especial do Sábado sem Câncer direcionada à prevenção do câncer de fígado. No dia 20 de julho, 500 pessoas serão atendidas gratuitamente na sede do COC, em Barão Geraldo, para realização de testes de hepatite B, C e de sífilis. Exames mais detalhados, como ultrassom, serão realizados nos pacientes com suspeita de câncer para confirmação do diagnóstico e encaminhamento ao tratamento.
O tumor primário do fígado ocorre frequentemente a partir de processos que levam à inflamação crônica do órgão, como hepatites B e C, cirrose e gordura no fígado. Afeta sobretudo homens entre 55 e 65 anos de idade e é considerado um dos seis mais letais do mundo.
Para participar do Sábado sem Câncer do COC não é preciso realizar inscrição prévia. Basta comparecer a partir das 8h à sede do Centro de Oncologia Campinas levando um documento com foto e comprovante de endereço de qualquer tipo. Os 500 atendimentos serão por ordem de chegada e encerram às 13h – ou antes, se todas as vagas forem preenchidas.
Os organizadores sugerem a doação de 1kg de alimento ou de itens de higiene, que serão entregues à Prefeitura de Campinas para envio aos afetados pelas enchentes do Rio Grande do Sul.
O Sábado sem Câncer é uma ação solidária, que envolverá parceiros e colaboradores de diferentes áreas da saúde de Campinas. É aberto não só a moradores de Campinas, como de todo o estado. Participam da iniciativa a Ramos Medicina Diagnóstica e a Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Campinas.
Como será o mutirão?
O mutirão contra o câncer de fígado foi concebido de maneira a atender à alta demanda de forma rápida e humanizada. Após fazer o cadastro na recepção, o paciente é encaminhado ao teste rápido, realizado apenas com gotas de sangue.
O próximo passo é levar o resultado do teste ao médico, que fará a anamnese (conversa que serve para identificar sinais importantes sobre os riscos de doença ou de desenvolvimento dela). Se o médico achar necessário, a pessoa será encaminhada ao exame de sorologia para hepatites ou à realização de ultrassom.
A conversa com o médico é essencial ao diagnóstico e à prevenção, conforme explica o oncologista do COC, Fernando Medina. “Ao falarmos com os pacientes, podemos estabelecer as chances reais dele vir a desenvolver a doença ou mesmo de já ter a doença, ainda que o teste rápido tenha dado negativo”, detalha.
“Estamos preparados para receber os participantes de mais esta Campanha, respeitando-se todas as normativas de segurança para que o processo transcorra com o mais alto nível de conforto e segurança”, acrescentou Medina.
Qual a relação entre hepatite e câncer?
Quase metade dos tumores hepáticos tem relação com as hepatites B e C – a hepatite A não interfere no risco de desenvolver câncer. O diagnóstico tardio da hepatite é uma das principais causas do hepatocarcinoma, ou carcinoma hepatocelular, tipo mais comum de câncer de fígado.
A sobrevida de pacientes com hepatocarcinoma é de apenas 17% em cinco anos. Prognósticos negativos acompanham uma doença que poderia ser evitada com o diagnóstico precoce da hepatite.
“O problema é que quando os sintomas aparecem, normalmente a doença está em estágio avançado. É assintomática e em grande parte das vezes detectada acidentalmente antes de apresentar manifestações”, reafirma Medina.
De acordo com a OMS, quase um de cada três habitantes do mundo apresenta infecção pelo vírus da hepatite B e um de cada doze possui infecção crônica pelos tipos B e C.
“A hepatite é uma doença silenciosa, muitas vezes é descoberta em estágios avançados, após evoluir para cirrose ou câncer”, confirma Medina.
No Brasil, nos últimos 20 anos foram registrados 673.389 casos de hepatites, ocasionados pelos vírus A (25%), B (36,8%), C (37,6%) e D (0,6%). A hepatite B é transmitida sexualmente, por transfusão de sangue e compartilhamento de seringas para uso de drogas. A hepatite do tipo C também é transmitida por via sanguínea. Dados do Ministério da Saúde apontam a existência de 5 milhões de brasileiros infectados pelos vírus B e C da hepatite.
“Toda a vez que executamos um rastreamento de câncer primário de fígado, temos de rastrear também as hepatites B e C, por serem transmissíveis”, detalha o oncologista.
Prevenção e cuidados
A prevenção do câncer de fígado depende de mudanças dos hábitos que contribuem para o seu surgimento, como evitar a exposição aos fatores de risco da doença e adoção de um estilo de vida mais saudável. Além disso, é indicado ter o costume de realizar exames de rotina, já que o diagnóstico precoce amplia as chances de cura e sobrevida.
A vacinação contra a hepatite B, que faz parte do calendário de vacinas do Ministério da Saúde, também é essencial. A vacina protege não apenas contra o aparecimento de tumores no fígado, mas também de doenças precursoras, como a cirrose e a fibrose hepática.
SERVIÇO
O quê: Sábado sem Câncer – prevenção ao câncer de fígado
Quando: Dia 20 de julho
Onde: Centro de Oncologia Campinas – Rua Alberto de Salvo, 311, Barão Geraldo, Campinas
Horário: Das 8h às 13h – a ação pode terminar antes em caso de preenchimento de todas as vagas
Quantas vagas: 500 pessoas serão atendidas por ordem de chegada
O que levar: documento de identificação com foto e comprovante de endereço de qualquer tipo
Quanto: gratuito. Os organizadores sugerem a doação de 1kg de alimento ou de materiais de limpeza ou de higiene
Inscrições: não é necessário, basta comparecer à sede do COC
Realização: Centro de Oncologia Campinas, com apoio de Ramos Medicina Diagnóstica e da Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Campinas
Fonte: COC