Biomm registra receita líquida de R$ 78,6 milhões nos primeiros nove meses deste ano
Companhia segue expandindo o portfólio e ganhando mercado em segmentos de produtos para contribuir com o acesso de biomedicamentos no país
A biofarmacêutica brasileira Biomm, pioneira em medicamentos biotecnológicos no país, registrou receita líquida de R$ 78,3 milhões nos primeiros nove meses deste ano, contra R$ 84,3 milhões no mesmo período do ano passado. A pequena queda, de 7%, se deve à redução dos preços de produtos, decorrente da concorrência de mercado. No entanto, a companhia ganhou participação de mercado em diversos segmentos no último trimestre, contribuindo para ampliar o acesso a biomedicamentos no país.
A Biomm atingiu importantes conquistas no mercado por meio de suas marcas e levou a uma potencial expansão do acesso a tratamentos. Nesse período, o Herzuma atingiu 16,8% de market share (crescimento de cerca de 5,0 p.p) no mercado privado. Com isso, tornou-se o segundo biossimilar de maior penetração no segmento de trastuzumabe, ultrapassando, inclusive, o biológico originador em participação de mercado.
Já na franquia da diabetes, o Glargilin, que começou a ser comercializado em junho de 2021, passou a representar 13,6% de participação de mercado — crescimento acima de 9% na comparação anual, o que demonstra maior absorção do produto.
No segmento antitrombótico, o Ghemaxan cresceu de forma significativa, aumentando o market share para 7,7% (crescimento de 6 p.p em relação ao mesmo período de 2021). O avanço foi gerado pela entrada do produto no mercado público.
O lucro bruto da Biomm foi de R$ 4,4 milhões no 3T22 ante R$ 10,3 milhões no 3T21. Além da redução de preços dos produtos, o resultado também foi impactado pelo do mix de vendas no trimestre.
As despesas representaram um aumento de 19% (R$ 28,1 milhões no 3T22 contra R$ 23,5 milhões no 3T21) e estão associadas, sobretudo, ao processo de validação e certificação da fábrica em Nova Lima (MG).
Validação da fábrica e aumento do portfólio
A Biomm está em fase de validação de sua unidade industrial, que compreende testes de produção em escala industrial, em atendimento a requisitos técnicos da Anvisa. Todas as qualificações de desempenho de utilidades limpas (água purificada, água para injetáveis, vapor limpo, sistema de climatização HVAC) foram concluídas satisfatoriamente.
Além disso, os testes de qualificação de desempenho de esterilidade das linhas de enchimento sob operação também foram concluídos e aprovados no último trimestre. Encontram-se em andamento os testes de validação final de produção de Glargilin, relacionados à qualificação de desempenho.
“Seguimos expandindo nossos negócios por meio de parcerias para contemplar outros segmentos e ampliar a promoção à saúde. Recentemente fechamos um acordo com a empresa suíça Bioeq AG para comercialização e distribuição do medicamento biossimilar ranibizumabe, indicado para o tratamento de lesões graves na retina”, comenta Heraldo Marchezini, CEO da Biomm.
“A companhia submeterá, ainda em 2022, a Convidecia Air, vacina inalável contra Covid-19, à aprovação da Anvisa”, complementa o executivo. A versão injetável do imunizante, submetida pela Biomm à aprovação da Anvisa segue em processo de análise.
Fonte: Biomm