Alimentação saudável

Alimentação saudável

Uma alimentação saudável implica a incorporação de nutrientes essenciais e energia, que são obtidos principalmente por meio dos alimentos, ainda que muitas vezes sejam complementados por outras fontes alternativas, como os suplementos alimentares

O uso medicinal de plantas de forma natural, sem processamento, começou a partir de quando os primeiros animais inteligentes notaram que certos alimentos de origem vegetal modificavam algumas funções corporais. Durante milhares de anos, as pessoas usaram suplementos alimentares com fins medicinais, e vários deles fizeram parte das práticas de cura tradicionais na maioria das culturas ao longo da história. Apesar de sua longa trajetória na prática da saúde, ainda persistem vários aspectos desconhecidos dos tratamentos à base de ervas e nutracêuticos (suplementos nutricionais que não são vitaminas, minerais nem ervas). Na verdade, estão ausentes na formação geral dos médicos, não foram amplamente pesquisados com o rigor científico dos fármacos tradicionais e não se conhecem com exatidão suas possíveis interações com esses fármacos. No entanto, nos últimos anos, houve um interesse renovado nessas substâncias, e cada vez sabe-se mais sobre os benefícios e riscos que têm em relação à saúde e ao bem-estar das pessoas. Inclusive, para sua comercialização, já existem regulações normatizadas, devendo haver evidência de sua segurança. Diante disso, cabe assinalar que, embora seja muito raro o surgimento de complicações graves pelo uso de suplementos nutricionais, não se deve confundir “natural” com “seguro”, já que, em alguns casos, os produtos naturais podem ser inertes ou tóxicos, não somente pelo efeito da substância em si, mas também por possíveis contaminações. Diferentemente dos fármacos, os suplementos alimentares são de venda livre e não requerem receita médica para sua compra.

Suplementos de ervas

Os suplementos herbais, também conhecidos como botânicos, provêm de raízes, caules, flores e folhas de plantas. A maioria deles contém vários ingredientes químicos e princípios ativos. A potência e a eficácia desses suplementos dependem de vários fatores, como local e época do ano em que foram cultivados, as distintas espécies utilizadas na fórmula, o modo como o produto foi processado, quais partes da planta foram usadas e a apresentação escolhida para seu consumo. Entre as diferentes formas de consumir estes suplementos estão: erva crua, infusões, macerados, tinturas, extratos fluidos, cápsulas, comprimidos etc.

Vitaminas e minerais

As vitaminas são substâncias de origem orgânica necessárias em pequenas quantidades para o funcionamento normal do organismo. Uma vez que o corpo humano não é capaz de sintetizá-las, devem ser ingeridas com os alimentos, para prevenir o desenvolvimento de inúmeras complicações. Em geral, distinguem-se dois grupos: as solúveis em água (hidrossolúveis) ou em lipídeos (lipossolúveis). No primeiro grupo, estão o complexo vitamínico B e a vitamina C, e no segundo, as vitaminas A, D, E e K. Os diversos minerais (sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloro, fósforo, ferro, iodo etc.) também têm inúmeras funções essenciais para a vida e deve-se procurar mantê-los dentro dos níveis ideais.

Nutracêuticos

Também identificados simplesmente como suplementos ou suplementos nutricionais, os nutracêuticos são substâncias que não podem ser classificadas como medicamentos à base de ervas, vitaminas ou minerais. Até certo ponto, os nutracêuticos podem ser fabricados pelo próprio organismo ou obtidos dos alimentos e de outras fontes animais e vegetais. Nesse grupo estão, por exemplo, os ácidos graxos ômega 3, as enzimas digestivas, os hormônios como a melatonina e a desidroepiandrosterona (DHEA), algumas coenzimas (como a coenzima Q10) e antioxidantes, a glucosamina, a creatina, a carnitina, os bioflavonoides, os fruto-oligossacarídeos, os licopenos, os probióticos, a cartilagem de tubarão, entre muitos outros. Em certas ocasiões, o organismo necessitará níveis mais elevados desses compostos além de sua capacidade de produzir por si mesmo, como ocorre em algumas doenças e no envelhecimento.

Produtos combinados

São os que incluem múltiplos ingredientes à base de ervas, vitaminas, minerais e nutracêuticos em diferentes proporções. Nesses casos, é importante considerar os efeitos de cada um de seus ingredientes, já que frequentemente pode haver interações entre si. Os compostos dessas combinações podem ser mutuamente potencializados, mas seus efeitos também podem ser opostos e se contra-arrestarem. Por isso, é importante informar-se por meio de fontes confiáveis que apresentem evidências objetivas de seus efeitos.