Pesquisa aponta que, mesmo sabendo dos riscos, a adesão do paciente ao tratamento do colesterol alto é abaixo do esperado

Pesquisa aponta que, mesmo sabendo dos riscos, a adesão do paciente ao tratamento do colesterol alto é abaixo do esperado

De acordo com o levantamento, apenas 41% dos diagnosticados afirmaram estar usando algum medicamento para controlar o colesterol alto

Mesmo sendo a principal causa de mortalidade no Brasil desde a década de 601, os fatores metabólicos de risco para doenças cardiovasculares ainda não são adequadamente conhecidos. Segundo pesquisa realizada pela Novartis em parceria com a Minds4Health, empresa de pesquisa e consultoria especializada no segmento healthcare, apenas 41% das pessoas que afirmaram ter recebido o diagnóstico de colesterol alto de um médico permaneciam usando algum medicamento para controlar a condição, embora 77% do total dos entrevistados afirmasse saber que o colesterol alto é um fator de risco para doenças cardiovasculares e 78% declarasse conhecer alguém que faleceu em decorrência da doença.

“Os dados nos mostram um desafio que precisa ser endereçado urgentemente e de forma intersetorial para que possamos efetivamente evitar que milhares de pessoas, aproximadamente 400 mil por ano só no Brasil, venham a óbito por eventos que podem ser prevenidos”, afirma Fabiana Roveda, diretora médica da área cardiovascular da Novartis Brasil. “É necessário trabalhar para uma cultura de prevenção e promoção da saúde que envolva não tão somente as pessoas em geral, mas também oriente o sistema de saúde para a implementação de uma linha de cuidado que pense o continuum da doença com o envolvimento das equipes de saúde como um todo no seu enfrentamento, considere o paciente de ponta a ponta e integre os vários setores da saúde e de políticas complementares como a política da assistência, educação e esportes”, completa Fabiana.

O levantamento da Novartis aponta ainda que embora 76% dos entrevistados afirmassem saber o que é risco cardiovascular, 24% disseram não ter recebido orientação alguma sobre o assunto. Daqueles que receberam orientações, 45% afirmaram ter recebido essa orientação de um cardiologista, sendo o clínico geral a segunda especialidade mais citada, seguida de médico da família, enfermeira e ginecologista.

Ciclo “A Sociedade Brasileira e o Cuidado da Saúde Cardiovascular”

 Com o intuito de estimular reflexões sobre o impacto das Doenças Cardiovasculares nos diversos setores da sociedade, o Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP e a farmacêutica Novartis promoveram o ciclo de seminários online “A Sociedade Brasileira e o Cuidado da Saúde Cardiovascular”, de 27 a 30 de setembro. A atividade foi o ponto de partida de um esforço conjunto para ampliar as discussões e estudos multissetoriais sobre saúde do coração, tendo em vista os impactos desse grupo de doenças na qualidade de vida da população, na economia e nos sistemas de saúde do Brasil.

  1. Ribeiro ALP, Duncan BB, Brant LCC, Lotufo PA, Mill JG, Barreto SM.Cardiovascular health in Brazil: trends and perspectives. Circulation. 2016;133(4):422-33. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.114.008727.

» https://doi.org/10.1161/CIRCULATIONAHA.114.008727

Fonte: Novartis