Abrafad aposta em produtos de prescrição, HPC, nutricionais e mix para crescer 14% em 2023

Abrafad aposta em produtos de prescrição, HPC, nutricionais e mix para crescer 14% em 2023

Para que isso aconteça, a entidade quer utilizar as informações e as suas ferramentas de gestão para auxiliar as 20 redes associadas a gerirem de forma mais eficiente seus próprios negócios e a relação com o varejo independente associado

A primeira edição deste ano do Encontro de Negócios promovido pela Associação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias e Drogarias (Abrafad – www.abrafad.com.br), entre os dias 9 e 11 de maio, em São Paulo, foi um grande sucesso. Diariamente, cerca de 250 executivos da indústria e distribuidores participaram das rodadas com diretores das 20 redes associadas. Ao final do evento, a certeza de que a Abrafad deverá crescer em torno de 13% a 14%, enquanto o mercado deve flutuar entre 10% e 12%, como aponta estudos da consultoria IQVIA.

Para atingir seus objetivos de crescimento, a Abrafad tem como foco em 2023 tratar os produtos de prescrição, incluindo PBMs, higiene e beleza (HPC), nutricionais e mix. “Para isso, vamos utilizar as informações e as nossas ferramentas de gestão para auxiliar os varejistas a gerirem de forma mais eficiente seus próprios negócios”, argumenta Nílson Ribeiro, diretor-executivo da Abrafad, que apresenta um crescimento cerca de 3% acima do mercado e concorrentes, especialmente nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste do país.

Durante o Encontro de Negócios discutiu-se muito o momento atual do mercado, com o fechamento do primeiro trimestre, além de tendências e oportunidades para 2023, principalmente para as redes independentes. “Os principais indicadores econômicos mostram um certo grau de estabilidade, o que nos permite assegurar baixos sinais de recessão, apesar do aumento da inadimplência”, diz Ribeiro.

Entender a jornada do cliente – Para aproveitar esse crescimento, de acordo com Nílson Ribeiro, o empresário do setor precisa conhecer os seus clientes, as necessidades e trabalhar a experiência deles na jornada de compra. “Precisa existir um modelo de gestão disruptivo, com profissionais treinados e com estoque de produtos que possa atender no mínimo a maior demanda do consumidor que entra na farmácia. Todas essas informações são geradas por ferramentas de BI que detalham os principais produtos consumidos na área”, destaca.  

Outro relevante desafio, diz o diretor da Abrafad, é que a farmácia independente ainda está distante do consumidor digitalizado. Um movimento para ofertar aos clientes oportunidade de omnicanalidade para comprar produtos no seu estabelecimento é outra necessidade desafiadora para o varejo independente, incluindo os associativos, como revela Ribeiro. “Somos os responsáveis diretos para encurtar o tempo e aculturar esses empresários de pequenos e médios negócios. Indústrias, distribuidores, prestadores de serviço e gestores de rede precisam cada vez estarem mais próximos e focados para atenderem coletivamente esses alvos. Assim conseguiremos transformar o varejo independente e permiti-lo que coloque o cliente no centro de suas atenções, para o sucesso dos negócios”, completa.

Crescimento do mercado – Segundo dados da IQVIA, o mercado farmacêutico no país cresceu, de março de 2022 a março último, 14,9% em valores, chegando a R$ 188 bilhões. Desse total, 52% das vendas foram em medicamentos de prescrição, 33% em não medicamentos e 15% em medicamentos isentos de prescrição. Nesse mesmo período, nas suas áreas de atuação, a Abrafad cresceu 16,6% enquanto os concorrentes atingiram 14,2%.

Hoje, a Abrafad reúne 20 bandeiras associadas, presentes em 2 mil municípios, e com faturamento de R$ 5,4 bilhões. Três fatores alavancam essa estratégia de crescimento: o orgânico, a chegada de novos associados e o aumento em vendas. “Todos esses indicadores nos levam a prever, com o fechamento do primeiro trimestre, de que a nossa meta de chegar a 5,6 mil PDVs e perto de R$ 6 bilhões de faturamento em 2023 será atingido”, confia Ribeiro. Hoje, a associação mantém 44% dos negócios na região Sudeste, 34% no Nordeste e 19% no Sul. A oportunidade é crescer no Centro-Oeste e Norte do Brasil.

Fonte: Abrafad