AbbVie submete o anticorpo biespecifico epcoritamabe (DuoBody®-CD3xCD20) à análise da ANVISA para tratamento de linfoma de grandes células B recidivo/refratário

AbbVie submete o anticorpo biespecifico epcoritamabe (DuoBody®-CD3xCD20) à análise da ANVISA para tratamento de linfoma de grandes células B recidivo/refratário

  • Epcoritamabe (DuoBody®-CD3xCD20), se aprovado, pode se tornar o primeiro anticorpo biespecífico de administração subcutânea para o tratamento de linfoma difuso de grandes células B
  • A submissão feita pela AbbVie no Brasil é fundamentada pelos dados do estudo de Fase Ib/II GCT 3013, que avalia a segurança e a eficácia de epcoritamabe, administrado de forma subcutânea, em pacientes adultos com linfoma difuso de grandes células B recidivo/refratário
  • Estima-se que, no mundo, os linfomas difusos de grandes células B representem 30% dos casos de linfoma não Hodgkin e podem surgir em qualquer idade, sendo mais frequentes com o envelhecimento1,6. Estes são um tipo de câncer no sangue com poucas opções de tratamento e prognóstico pessimista7-9

A AbbVie (NYSE: ABBV) submeteu à análise da agência regulatória brasileira ANVISA o anticorpo biespecífico epcoritamabe (DuoBody®-CD3xCD20), de administração subcutânea, para o tratamento de pacientes adultos com linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) recidivo/refratário (R/R). Os anticorpos biespecíficos podem se ligar a dois epítopos diferentes, no mesmo alvo ou em alvos diferentes. Epítopo é a menor porção de um antígeno, que pode gerar uma resposta imune.

“Temos o compromisso com pesquisa e desenvolvimento de terapias inovadoras que ofereçam opções de tratamento para pessoas que vivem com câncer no sangue, como o linfoma difuso de grandes células B, o qual tem limitadas opções terapêuticas quando recidivo/refratário”, afirmou o Diretor Médico da AbbVie Brasil, Marco Paschoalin. “Este marco sinaliza um passo inicial para desenvolver uma terapia fundamental para pessoas que vivem com malignidades de células B”.

Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGCB)1-3,6

Os linfomas são um tipo de câncer no sangue, assim como a leucemia – mas enquanto a leucemia tem origem na medula óssea, o linfoma surge no sistema linfático. São dois os tipos de linfomas – de Hodgkin e não Hodgkin, este se subdividindo em três outros tipos, conforme as células que atingem. Os linfomas de células B são os mais comuns “não Hodgkin” (NH), respondendo por 85% dos casos – destes, 30% são atribuídos a linfoma difuso de grandes células B (LDGBD).

O LDGBD é de crescimento rápido e começa nos linfonodos assim como em órgãos fora do sistema linfático. A doença acomete principalmente pessoas idosas e é ligeiramente mais prevalente em homens.

Sobre epcoritamabe

Epcoritamabe é um anticorpo biespecífico IgG1, em fase de pesquisa, criado a partir da tecnologia DuoBody de propriedade da Genmab. Esta tecnologia foi desenhada para atuar diretamente nas células T, de forma seletiva para gerar uma resposta imunológica nas células alvo4. CD20 é expressa nas células B e é um alvo clinicamente validado para uso em várias malignidades, incluindo linfoma difuso de grandes células B, linfoma folicular, linfoma de célula manto e leucemia linfocítica crônica4,5

Epcoritamabe está sendo codesenvolvido por Genmab e AbbVie como parte da ampla parceria das empresas em oncologia. Por este acordo de colaboração, ambas compartilharão responsabilidades comerciais nos EUA e no Japão, com a AbbVie responsável pela maior parte da comercialização global. As empresas estão empenhadas em avaliar epcoritamabe como monoterapia e em combinação com outros agentes terapêuticos, para uso em uma variedade de malignidades hematológicas. Está em desenvolvimento estudo randomizado de fase III, aberto e em andamento, que avalia epcoritamabe como monoterapia em pacientes com LDGCB R/R e também um estudo de Fase III, de protocolo aberto, que avalia epcoritamabe em combinação com outros agentes em pacientes com linfoma folicular recidivo/refratário (NCT: 05409066).  O medicamento ainda não está aprovado pela agência regulatória brasileira.

Referências

1 Em http://www.oncoguia.org.br/conteudo/tipos-de-linfomas-nao-hodgkin-de-celulas-b/12258/52/. Acessado em 4/01/23 2 Em https://accamargo.org.br/sobre-o-cancer/tipos-de-cancer/linfoma-nao-hodgkin. Acessado em 4/01/23 3http://www.oncoguia.org.br/conteudo/tratamento-do-linfoma-nao-hodgkin-de-celulas-b/7784/311/ Acessado em 4/01/23 Rafiq, Butchar, Cheney, et al. “Comparative Assessment of Clinically Utilized CD20-Directed Antibodies in Chronic Lymphocytic Leukemia Cells Reveals Divergent NK Cell, Monocyte, and Macrophage Properties.” J. Immunol. 2013;190(6):2702-2711. DOI: 10.4049/jimmunol.1202588 5Singh, Gupta, Almasan. “Development of Novel Anti-Cd20 Monoclonal Antibodies and Modulation in Cd20 Levels on Cell Surface: Looking to Improve Immunotherapy Response.” J Cancer Sci Ther. 2015;7(11):347-358. DOI: 10.4172/1948-5956.1000373 6 Sehn, Salles. “Diffuse Large B-Cell Lymphoma.” N Engl J Med. 2021;384:842-858. DOI: 10.1056/NEJMra2027612.

Fonte: AbbVie