Acesso ao tratamento integral é determinante para pacientes com câncer viverem por mais tempo
Os tratamentos para o câncer vêm evoluindo cada vez mais, trazendo melhores resultados e mais qualidade de vida aos pacientes. Exemplo disso são as quimioterapias orais, uma tendência na área de oncologia especialmente pela comodidade que trazem aos pacientes ao evitar o deslocamento até o hospital, mantendo um padrão de eficácia e trazendo benefícios inclusive nesse momento de pandemia.
Porém, para que os pacientes sejam de fato beneficiados por essa evolução, é essencial que tenham acesso a todas as linhas de tratamento, o que não é uma realidade tanto para aqueles que estão no sistema público de saúde (SUS) como na saúde suplementar (planos de saúde).
No caso dos planos de saúde, que são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), são oferecidos os tratamentos listados no Rol de procedimentos, garantindo a cobertura mínima obrigatória. Hoje, nem todas as opções de tratamentos oncológicos estão disponíveis na lista, já que a avaliação dos tratamentos aprovados no país para a possível inclusão é feita a cada dois anos.
“Segundo estima o Instituto Nacional do Câncer, em 2020, o Brasil terá o total de 685 mil novos casos de câncer. Se considerarmos que aproximadamente um quarto da população é beneficiária de planos de saúde, o setor da saúde suplementar será responsável pelo atendimento de cerca de 170 mil pacientes, muitos dos quais precisarão de tratamentos sistêmicos ainda não incluídos no rol por diferentes razões. Isso precisa mudar o quanto antes para que os pacientes tenham acesso a terapias mais novas e adequadas ao tipo de câncer. Hoje já sabemos o quanto esses novos tratamentos oferecem aos pacientes mais tempo e qualidade vida”, afirma Luciana Holtz, presidente do Oncoguia.
Essa revisão, inclusive, está sendo feita ao longo desses meses. No início desse mês, a agência divulgou um parecer inicial relacionado à incorporação de diversos medicamentos, incluindo as quimioterapias orais, para diferentes indicações. Algumas delas tiveram parecer positivo, e outras negativo. Agora quem deverá opinar é a população: como próximo passo, foi aberta uma consulta pública para que as pessoas conheçam os medicamentos e suas indicações e digam se concordam, discordam ou discordam parcialmente com o parecer da ANS, fazendo sua contribuição com todos os documentos necessários.
Para participar, é necessário acessar o link.
Campanha Por Nós
No início desse ano, a Bayer, o Instituto Vencer o Câncer (IVOC) e o Instituto Oncoguia se uniram para lançar a campanha “Por Nós”, em prol do tratamento integral de câncer colorretal e hepático, com o objetivo de ampliar o debate sobre a importância do acesso a todas as linhas de tratamentos aprovadas, como o caso dos oncológicos orais. O objetivo foi conscientizar a sociedade e as autoridades sobre a importância de ampliar a oferta de tratamentos para essas doenças, para que o paciente e o médico possam discutir a melhor opção para cada estágio da doença.
“A comodidade proporcionada aos pacientes tratados por quimioterapia oral traz um ganho importante para os pacientes, pois evita o deslocamento até o hospital ou até mesmo a estadia no local. Isso significa que o paciente pode ficar mais tempo seguro em casa, com sua família. Além disso, vale destacar que esse tipo de tratamento não provoca piora na qualidade de vida dos pacientes”, destaca Dra. Renata D’Alpino, Oncologista Clínica Especialista em Tumores Gastrointestinais e Neuroendócrinos.
O parecer inicial da ANS para uma quimioterapia oral com indicação para o câncer hepático foi positivo; já para outras indicações, como câncer colorretal, o parecer foi negativo. Por isso é importante que a população dê sua opinião e diga se concorda ou discorda das decisões. “A sobrevida de milhares pacientes depende disso”, destaca Luciana.
Dr. Fernando Maluf, fundador do Instituto Vencer o Câncer (IVOC), completa: “: “cerca de 50.000 brasileiros poderiam ser beneficiados pela mudança na incorporação dos antineoplásicos orais pelos planos de saúde. Com a dificuldade de acesso ao tratamento, os pacientes sofrem mais com os efeitos da doença e sua sobrevida é reduzida drasticamente. Essa aprovação, portanto, é urgente para que eles possam viver por mais tempo no conforto de sua casa, mantendo uma qualidade de vida”.
Fonte: Bayer