ABIMIP agora é ACESSA: Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde

ABIMIP agora é ACESSA: Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde

Anúncio foi realizado durante o ‘Fórum Tendências em Autocuidado’ que formalizou a mudança no nome e escopo da Entidade

Com o objetivo de explorar e discutir temas relacionados ao autocuidado,que durante a pandemia foi um assunto que ganhou ainda mais evidência, onde as pessoas passaram a se preocupar mais com a manutenção da saúde, adquirindo hábitos conscientes e saudáveis, a ACESSA (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde), antiga ABIMIP (Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição), promoveu recentemente uma mesa redonda no ‘Fórum Tendências em Autocuidado’.

O evento de lançamento da associação explorou e discutiu oportunidades relacionadas ao autocuidado, abrangendo o contexto social, trazendo luz também sobre a relevância da rotulagem no uso responsável de MIPs e o papel da farmácia no fomento do autocuidado para o mercado de saúde. Além disso, ainda na ocasião, Rodolfo Hrosz, presidente da então ABIMIP, fez o anúncio da ACESSA.

“Com a proposta de defender o autocuidado em saúde e realizar um intercâmbio de informações com diversos stakeholders do segmento, temos a alegria de anunciar que a ABIMIP passa a se chamar ACESSA. Esta não é apenas uma alteração de marca, mas sim uma alteração de posicionamento, abrangendo as indústrias de produtos e serviços relacionados ao autocuidado, e apoiando o acesso à saúde, por meio de informação e educação, em conjunto com nossos stakeholders” afirmou o presidente da ACESSA, Rodolfo Hrosz.

A mudança da marca e novo posicionamento da entidade, visa aumentar o escopo da atuação de trabalho da entidade, que tem como premissa emponderar e levar conhecimentos legítimos para a sociedade.

O Fórum Tendências em Autocuidado

A mesa redonda foi mediada pela jornalista e pesquisadora do tema Izabella Camargo, e composta pelos especialistas: Dr. Gonzalo Vecina, Médico Sanitarista e Professor da FSP/SP e ex-Diretor Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA; Edison Tamascia, Presidente da FEBRAFAR (Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias); Juan Thompson, Diretor Geral da ILAR (Associação Latinoamericana de Autocuidado Responsável); Márcio Atalla, educador físico, colunista da CBN no programa diário Bem-Estar e Movimento e do Jornal O Globo; Sérgio Mena Barreto, CEO da ABRAFARMA (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias) e Rodolfo Hrosz, presidente da ACESSA e diretor geral no Brasil da divisão de Consumer Healthcare da Sanofi.

Os sete pilares do autocuidado

Dr. Gonzalo Vecina, exaltou sobre a importância dos sete pilares do autocuidado que consistem em:

  1. Buscar o conhecimento;
  2. Desenvolver uma autopercepção;
  3. Praticar atividade física;
  4. Manter uma alimentação equilibrada;
  5. Evitar tudo o que é prejudicial a saúde;
  6. Manter bons hábitos de higiene;
  7. Usar com responsabilidade os MIPs e os serviços de saúde.

De acordo com Vecina, o primeiro e segundo pilares são essenciais para que o indivíduo pratique o autocuidado. É necessário que as pessoas busquem a informação e o conhecimento em fontes confiáveis, e principalmente, que saibam diferenciar as informações falsas das verdadeiras.

Brasil no contexto mundial do Autocuidado

Em sua apresentação, Juan Thopmson trouxe dados da pesquisa Self Care Index, feita pelo Global Self-Care Federation (GSCF) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS). No total, 10 países participaram do estudo e o Brasil foi o único país da América Latina consultado pelo índice, representado pela ACESSA, uma das principais interlocutoras sobre o tema no país.

De acordo com o dado apresentado pelo diretor geral da ILAR, durante a pandemia da Covid-19, muitas pessoas buscaram o autoconhecimento, e um dos principais profissionais da saúde mais consultado foi o farmacêutico. Além disso, na América Latina, 84% da população considera que praticaram o autocuidado entre 2020/2021, porém dentro dessa porcentagem, 56% precisaram suspender visitas ao médico devido ao isolamento social e ao colapso do sistema público de saúde.

No cenário mundial, o Brasil é o quarto país, dentre os avaliados, que mais pratica o autocuidado, tendo uma economia de renda entre alta e média. Ao avaliar os quatro facilitadores do autocuidado, observa-se que no país, geralmente os profissionais da saúde e steakeholders recomendam a prática e os pacientes se sentem bem-informados, entretanto ainda falta investimento na qualidade de saúde e no acesso às informações, para que o público se sinta mais seguro.

Rodolfo Hrosz apresentou alguns dados sobre a pesquisa feita pela ABIMIP, sobre o impacto que os produtos de autocuidado podem trazer para o sistema saúde. De acordo com a pesquisa, cada um real investido em remédios isentos de prescrição médica (MIPs) representa uma economia para o setor público de sete reais. Essa economia por vir de uma consulta evitada no SUS, um exame que pode ser desnecessário, entre outras coisas. Além disso, Rodolfo afirma que “Durante a pandemia, a população começou a se cuidar mais e medicamentos de saúde física e mental passaram a ser mais consumidos e valorizados pela população”.

O educador físico, Márcio Atalla trouxe ao debate a relação do autocuidado com a saúde física e mental. De acordo com Márcio, somente a informação não é o suficiente para fazer uma pessoa mudar de hábito. “O mundo vive uma fase em que a saúde física, mental, boa alimentação, bom sono e a criação de novos hábitos são temas muito discutidos e extremamente relevantes para o autocuidado; afinal para que essa prática seja implementada no dia a dia, é necessário que as pessoas criem hábitos, começando com pequenas mudanças que desenvolverão, consequentemente, um novo estilo de vida”, indicou o Atalla.

Durante o evento, Edison Tamascia e Sergio Mena Barreto exaltaram a importância do papel do farmacêutico no fomento do autocuidado e do autosserviço. “São mais de 85 mil farmácias no Brasil com profissionais muito qualificados para falar de medicamentos isentos ou não de prescrição” afirmou o Presidente da Febrafar.

Na discussão, Sérgio Mena disse que “Falar sobre o autocuidado e saúde se torna cada vez mais importante, principalmente após a pandemia. A população mudou o patamar de consciência e está cada vez mais preocupada em cuidar de si mesma e do próximo. Entretanto na maioria das vezes o acesso ao médico ou hospital não é tão simples para todos; sendo assim, muitos farmacêuticos tiveram um papel fundamental durante a crise vivida pelo mundo”.

Sobre a ACESSA

A primeira ação no sentido de agregar as indústrias produtoras de medicamentos isentos de prescrição médica, motivada pela defesa do direito à informação, data de meados de 1986. Foi realizada por três fabricantes — Roche, Merrell Lepetit e De Angeli –, que se reuniram como um grupo informal com o intuito de participar do debate político instaurado pela Assembleia Nacional Constituinte, a qual, entre seus dispositivos, considerava a proibição da publicidade de medicamentos, entre outros produtos.

Durante os anos seguintes, o grupo informal expandiu-se com a entrada de inúmeras outras produtoras, mas preferiu manter-se como tal até sua fundação oficial em 1994, constituindo-se, então, na Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Saúde (ABIPS). A partir de 2002, tornou-se a Associação Brasileira da Indústria de Automedicação Responsável (ABIAR) e, em 2003, passou a designar-se ABIMIP — Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição.

Acompanhando as mudanças ocorridas na sociedade e no mercado e ainda por todos os esforços relacionados à defesa dessa importante pauta nos últimos anos, a ABIMIP movimentou-se no sentido de ser reconhecida como referência na promoção do AUTOCUIDADO. Esta adequação vem em resposta a uma grande pergunta a ser respondida: se os MIPs se constituem em ferramenta fundamental dentro de um grande ambiente de autocuidado, por que não incluir os demais produtos e serviços com essa finalidade, ampliando e fortalecendo as ações da Entidade?

É com esse intuito que, a partir de fevereiro de 2022, ao abrir suas portas para outras indústrias relacionadas ao segmento de saúde e bem-estar, a Entidade passa a se chamar ACESSA — Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde, de modo a ampliar o debate do autocuidado em saúde perante os diversos públicos que integram essa equação.

Fonte: ACESSA