Saiba como escolher o fotoprotetor ideal para a sua pele
Se os produtos nas prateleiras estão cada vez mais específicos, é hora de saber como escolher o fotoprotetor certo para o seu tipo de pele e suas necessidades
Olhar a prateleira de fotoprotetores e não sentir um pouco de dúvida e confusão parece uma tarefa impossível. Loção, gel, spray, creme com FPS, enfim, são várias as opções para proteger a pele da radiação quando o assunto é filtro solar. Mas afinal, você sabe escolher qual o melhor produto para o seu tipo de pele? “Além de usar o filtro solar diariamente, é muito importante que o produto seja indicado por um dermatologista para ser adequado ao seu tipo de pele, evitando problemas como ressecamento ou oleosidade excessiva”, afirma o Dr. Daniel Cassiano, dermatologista da Clínica Gru Saúde e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O médico montou um guia
rápido para saber como escolher o melhor produto de fotoproteção.
Passo 1: procure os 3 itens essenciais
De acordo com o Dr. Daniel Cassiano, para proteger sua pele dos raios nocivos do sol, você deve usar um protetor solar que ofereça: no mínimo FPS 30, Proteção de amplo espectro (UVA/UVB/Infrared) e resistência à água. “Nem todos os protetores oferecem os três itens essenciais. Geralmente os fotoprotetores que diminuem os danos provenientes do calor são formulados com antioxidantes específicos”, afirma o dermatologista. “Estudos mostram que o uso diário de um fotoprotetor pode reduzir o risco de: rugas, manchas, flacidez; câncer de pele, incluindo melanoma, o câncer de pele mais grave; crescimento da pele pré-cancerosa que pode se transformar em câncer de pele; queimadura de sol; melasma; e pontos escuros em sua pele”, enfatiza o médico.
Passo 2: considere seu tipo de pele e outras necessidades
Mesmo após escolher um fotoprotetor que tenha os três itens essenciais, ainda é possível ter algumas opções até encontrar o filtro solar certo para você. “Nesse momento, é interessante verificar o tipo de pele, as necessidades e as condições de pele do paciente”, diz o médico.
Primeiramente pensando no tipo de pele, no geral, os produtos em gel e sérum são indicados para pele oleosa, enquanto as loções e cremes são indicados para uma pele mais seca. “Mas se sua pele é propensa à acne, você deve procurar as palavras ‘antioleosidade’ e ‘não-comedogênico’ ou deve estar claro que o produto não vai entupir os poros. Essa mesma dica também vale para a pele oleosa”, diz. Para as peles mais secas, um produto específico geralmente confere maior hidratação, então essa palavra-chave deve estar no rótulo.
Existem peles que são mais reativas, propensas a alergias, e sensíveis. Nesse caso, é melhor evitar protetor solar que contenha fragrância, PABA, parabenos ou oxibenzona (benzofenona-2, benzofenona-3, diosbenzona, mexenona, sulisobenzona ou sulisobenzona sódica). “Na verdade, essas substâncias devem ser evitadas por todos”, destaca. Em volta dos olhos, para evitar que o protetor solar pingue em seus olhos, use um protetor solar específico testado oftalmologicamente e certifique-se de que tenha um FPS 30 (ou superior), proteção de amplo espectro e resistência à água.
O protetor solar geralmente traz dois tipos de proteção: física e química. “Enquanto a física age como uma barreira que reflete a luz (ela bate e volta), a química absorve a energia solar e anula alguns de seus efeitos. No caso de crianças, elas devem usar protetor solar específico, já que a maioria contém óxido de zinco e dióxido de titânio, dois protetores físicos, mas não trazem proteção química. Quando o paciente tem rosácea, é indicado usar um protetor solar que contenha apenas óxido de zinco e dióxido de titânio”, afirma o médico. “Esses pacientes podem usar protetor solar para crianças, desde que esse produto ofereça no mínimo FPS30”.
Para a proteção dos lábios, um bálsamo labial com FPS 30 e proteção de amplo espectro é indicado.
Outras formas de fotoproteção
Usar filtro solar é a forma mais segura de proteção contra as radiações solares, segundo o Dr. Daniel. “O raio UVA é o principal responsável pelo envelhecimento precoce (manchas e rugas), sendo um tipo de radiação que atravessa nuvens, vidro e epiderme e penetra na pele em grande profundidade, até as células da derme – sendo o principal produtor de radicais livres. Entre os prejuízos: desde lesões mais simples até, em casos mais graves, câncer de pele. Já o UVB deixa a pele vermelha e queimada, danifica a epiderme e é mais abundante entre as 10 da manhã e as 4 da tarde. Essa radiação pode furar o bloqueio dos filtros químicos e aumentar o risco de cancerização”, diz. Por isso, o médico indica o uso de chapéus específicos com proteção solar, óculos de sol, evitar exposição direta principalmente entre às 10h e às 16, como formas de reforçar a proteção contra os danos do sol.
Fonte:
Dr. Daniel Cassiano.
Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Cofundador da clínica GRU Saúde, o Dr. Daniel Cassiano é formado pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Doutorando em medicina translacional também pela UNIFESP. Professor de Dermatologia do curso de medicina da Universidade São Camilo, o Dr. Daniel possui amplo conhecimento científico, atuando nas áreas de dermatologia clínica, cirúrgica e cosmiátrica.