Um outubro + que rosa

Outubro rosa

Um outubro + que rosa

A prevenção do câncer de mama diz respeito a toda sociedade

Até o fim de 2018, cerca de 60 mil mulheres poderão ter suas vidas transformadas pelo diagnóstico, tratamento e recuperação de câncer de mama no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Ainda que a doença atinja principalmente as mulheres, diz respeito a toda sociedade. Por isso, neste ano, a Fundação do Câncer promove um Outubro + que Rosa, uma campanha para despertar a empatia e conscientizar todos os cidadãos, independentemente do gênero, sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.

Segundo o Inca, 25% dos novos casos de câncer registrados anualmente atingem a mama. É o câncer mais comum entre as mulheres brasileiras, sem contar com os casos de câncer de pele não melanoma, e o segundo tipo mais frequente na população mundial. A boa notícia é que, se diagnosticada precocemente, a doença tem grandes chances de cura. Para isso, os exames de rotina são fundamentais, assim como a rapidez no tratamento.

“Se o público feminino estiver atento aos exames de rotina, aumentam as chances de diagnóstico precoce e, consequentemente, de tratamento eficaz. Vale lembrar que um a cada cem homens é acometido pelo câncer de mama, por isso, o cuidado entre eles também é necessário. Hoje em dia, o acesso à informação é mais fácil e rápido, mas a maioria das pessoas está muito ocupada com as questões do dia a dia e acaba não se lembrando dos compromissos com a própria saúde. Campanhas como o Outubro + que Rosa são importantes para inserir esse lembrete na rotina das pessoas. Desta forma, contribuímos para o controle do câncer no país”, afirma Luiz Augusto Maltoni Jr., Diretor Executivo da Fundação do Câncer.

O Outubro + que Rosa inclui ações de conscientização em parceria com lojas do Rio de Janeiro e de São Paulo e com a concessionária Ecoponte, além de um evento no Hospital Fundação do Câncer, unidade assistencial da Instituição, realizado no dia 18 de outubro. A ideia é promover um dia de informação e troca de experiências entre pacientes e acompanhantes que enfrentam as mesmas situações. Profissionais especializados abordarão temas como nutrição, direitos do paciente com câncer, inovações médicas, sexualidade da mulher durante e após o tratamento do câncer de mama e automaquiagem.

O objetivo do evento é ajudar as pacientes oncológicas a lidar com suas rotinas de forma mais leve e prática, mas também há uma série de cuidados com a saúde que devem moldar o estilo de vida de quem quer prevenir a doença. Confira algumas dicas da Fundação do Câncer:

Vá ao médico regularmente e mantenha os exames atualizados

A mamografia é o principal exame para detecção de tumores na fase inicial, é recomendada a partir dos 40 anos e deve ser realizada anualmente. Em casos considerados de risco aumentado, deverão fazer mamografia e ressonância magnética das mamas a partir dos 30 anos. Esse cuidado é imprescindível para que se tenha um diagóstico em um estágio inicial, aumentando as chances de cura.

O autoexame é uma maneira da mulher conhecer seu próprio corpo e perceber alterações que despertem a atenção, mas nem sempre um nódulo é detectável pelo toque. Por isso, a recomendação é, anualmente, procurar um médico, que irá avaliar clinicamente a paciente e prescrever exames de acordo com o seu perfil e necessidades.

Faça exercícios

Praticar atividades físicas regularmente reduz em cerca de 1/3 os riscos de desenvolver câncer de mama. A recomendação é de trinta minutos de exercício aeróbico, pelo menos três vezes na semana, mas é importante recorrer a um profissional da área para criar uma rotina de acordo com as suas necessidades. Não esqueça que é necessário ter acompanhamento na prática dos exercícios, para que não haja riscos à saúde.

Atenção à alimentação

Uma dieta equilibrada melhora o funcionamento do organismo. Alimentos industrializados, enlatados e conservados contêm agentes cancerígenos na composição e devem ser evitados. É o caso das carnes processadas, defumadas, curadas ou salgadas, como carne de sol, charque, peixes salgados e embutidos, como salsicha, linguiça, mortadela e salame. Priorize os vegetais e coma pelo menos cinco porções de frutas, legumes e verduras por dia. Esses alimentos são ricos em vitaminas, sais minerais e fibras, além de substâncias antioxidantes que protegem contra a maioria dos tipos de câncer.

A alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos são capazes de prevenir 30% dos casos de câncer no Brasil.

Não fume

O ato de fumar causa 200 mil óbitos por ano no Brasil. É a principal causa de mortes evitáveis, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O cigarro contém, pelo menos, 70 substâncias cancerígenas, que influenciam no surgimento de todos os tipos da doença. Parar de fumar é determinante para a saúde, mas exige motivação e apoio, por isso a rede pública de saúde oferece assistência por meio de tratamentos medicamentosos e terapia. Procure a unidade mais próxima para se informar sobre os procedimentos. O primeiro passo é o mais importante.

Cuidado com o álcool

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o alcoolismo causa entre 2% e 4% das mortes por câncer. É um dos fatores de risco para o desenvolvimento de diversos tumores, inclusive o de mama, principalmente se o uso for combinado com o tabaco. Além do câncer, o consumo de álcool está associado a mais de 200 tipos de doenças, entre cardiovasculares, mentais e hepáticas. Por isso a dica é evitar o consumo de álcool ou, ao menos, reduzir ao mínimo.

Fonte: Fundação do Câncer
Instituição privada e sem fins lucrativos que há mais de 26 anos atua na pesquisa, prevenção e controle da doença. Localizada no Rio de Janeiro, também oferece assistência direta ao paciente, com tecnologia de ponta e atendimento humanizado, por meio do Hospital Fundação do Câncer, projetado para ser um centro de referência em oncologia no país. Algumas das principais iniciativas da Fundação são o desenvolvimento do Programa Nacional de Formação em Radioterapia, em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e o Instituto Nacional de Câncer (Inca); o apoio ao Programa de Oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a gestão operacional do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

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